Bancos públicos e privados suspendem crédito consignado no INSS

A redução do teto dos juros de empréstimos consignados a aposentados e pensionistas está causando reações negativas por parte de instituições financeiras no Brasil. O Conselho Nacional da Previdência Social reduziu o teto dos juros no crédito consignado de 2,14% para 1,7% ao mês, o que levou diversos bancos, incluindo o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, a suspender a oferta desse tipo de crédito a beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A taxa para o cartão de crédito consignado também foi reduzida de 3,06% para 2,62%.

As instituições financeiras alegam que o novo teto de juros é mais baixo do que o cobrado pelo banco e que a possibilidade de retomar os empréstimos consignados a aposentados depende de estudos técnicos de viabilidade operacional e econômico-financeira. O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, defendeu que o governo utilize os bancos públicos para manter a oferta de crédito consignado do INSS. Lupi postou uma nota de repúdio assinada por centrais sindicais que afirma que a suspensão prejudica principalmente os aposentados e pensionistas que necessitam de crédito para complementar a renda e atualmente não têm acesso a outros tipos de linhas.

A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) divulgou uma nota afirmando que a redução do teto de juros comprometeria a oferta de crédito consignado e de cartão de crédito consignado a beneficiários do INSS, pois pode distorcer preços de serviços financeiros, com os bancos tendo de aumentar juros de outras linhas de crédito para compensar o teto menor no consignado para o INSS. O relatório do Banco Central citado por Lupi mostra que na semana de 27 de fevereiro a 3 de março, apenas quatro das 38 instituições financeiras que oferecem crédito consignado do INSS cobravam taxas abaixo de 1,7% ao mês.

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