Frio é um dos fatores de risco para infarto; falta de ar e dor no peito que irradia para as costas podem ser sintomas
De 2008 a 2022, a média mensal de homens hospitalizados, por terem infartado, passou de cinco mil 282 para 13 mil 647.
Em relação às mulheres, o número subiu de mil 930 para quatro mil 973, no período.
Os números são de levantamento feito pelo Instituto Nacional de Cardiologia, com base em dados do Sistema de Internação Hospitalar do Datasus, do Ministério da Saúde.
Eles representam entre 70% e 75% de todos os pacientes do Brasil, que utilizam hospitais públicos ou privados.
De acordo com o levantamento, a obesidade, o envelhecimento e o clima mais frio estão entre os fatores que aumentam as chances de infarto.
Em entrevista à Agência Brasil, a diretoral do Instituto Nacional de Cardiologia, Aurora Issa, explica que as temperaturas mais baixas fazem com que os vasos sanguíneos se contraiam.
E uma pessoa que já tem placa de gordura nas artérias, por exemplo, corre um risco maior ao ter seu fluxo de sangue reduzido.
Os dados do Ministério da Saúde mostram que o infarto agudo do miocárdio é a principal causa de mortes no País.
Dos 300 mil a 400 mil casos registrados a cada ano, de cinco a sete pacientes vão a óbito e o atendimento de urgência, nos primeiros minutos, é fundamental para salvar a vida do paciente.
Alguns dos sintomas são falta de ar, dor ou desconforto no peito que pode irradiar para as costas, rosto e braço esquerdo.